20050502

............................................Novelos Vagos

Assim. Como novelos.
Vagam. Perambulam.
Os dois se desenrolam em goles
cantos, ruas, engenhos e contas.
Há certos meninos que guardam o que há
de “graça” em seus livros
em grutas, gretas e garoas.
Há algo, que não cessa.
Eles nunca viram tanta graça. Quanta cisma.
Um cismou que há algo. Sem pressa.
Há algo,
sujo, imundo
gasto e grudado
em seu sapato.
Alguns meninos
só se dão conta da poesia
quando assim
Cravada em seus pés.
Sem tropeços, sem acertos.
Sem detalhes.
Sem mais dentadas.

2 comentários:

Anónimo disse...

adorei os vagos novelos
novela jambrada em sua vidinha nos primeiros capítulos mas com promessa de se tornar um clássico, um melodrama al á Rainha Cristina com gretas ou gretos garbos interessantíssimos. vieses, desvios, desvãos...
mas o que mais gosto no texto é a construção, as aliterações as sonoridades as fragrâncias. coisa de modernista lírico. um paradoxo, mas o que não é, não é?
beijos
mar
celo

Anónimo disse...

a parte dos meninos e da poesia é tão linda!