20050422

Just in time

Para ganhar um presente por dia: basta abrir um livro esquecido dentre todos de uma estante.
Aquela pétala seca e dura. Esvaziada de sentidos ou de nomes.
A amiga que deixou-lhe um bilhetinho sobre cores e telefones.
Uma frase grifada; que hoje pode lhe parecer menos interessante que todo o resto da página.
A citação sombria de Bataille anotada como um pensamento estupido, à caneta esferográfica, manchando uma página bonita e ilustrada.
E uma velha anotação que nunca teve destinatário; escolhida a dedo, mas sem querer dentre as páginas do capítulo "Exuberância" de um livro orácular.
Ainda bem que eu não sou superticioso...Pero que las hay, las hay!

1 comentário:

Anónimo disse...

E no mar do esquecimento, apenas uma lágrima, doce, escorre pelo rosto. Junta-se a àgua e transforma tudo em concreto cotidiano, o despertador toca... a folha cai no chão, escorrego na tinta e saio com um borrão no meio do peito.