Pois se o dia amanhecer entre o rosa e o azul bebé;
vou esquecer-me da desconfiança dos meus passos ao levantar da cama;
e suspirar até o folêgo achar que não tem mais por onde;
e vou encostar o rosto na janela, assim;
só ouvidos atentos;
como se o mundo também suspirasse e se pudesse escutar um som em uníssono, de todos os suspiros do mundo;
como se suspirassem por aí uma canção bem boba do Charles Trenet;
e vou querer escrever um texto bem risonho e adocicado;
que digam que não é literatura que se preze;
mais, que digam que só há serventia no apetecer dos sentidos.
20050408
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